Olá meus amigos, e bem vindos a esse espaço de diálogos AgroAmbientais. Tenho 56 anos e há mais de 30 anos trabalho no Agronegócio.
Tive a dádiva de poder trabalhar quase 24 anos na Amazônia, liderando um time incrível de pessoas que juntos construíram um modelo de sucesso de plantio, extração e produção sustentável de óleos e gorduras, mais do que isso, construímos um modelo que se sustenta na ética da responsabilidade, da virtude e da convicção no desenvolvimento e respeito das pessoas, do meio ambiente e do negócio, que precisa ser bem feito e lucrativo. Conheci o mundo, povos, as culturas e as milhares de faces de nosso fantástico planeta.
Durante esses anos participei de inúmeras iniciativas que olhavam para um modelo mais ético de gestão, gestão holística que pode ser empregada em empresas ou ONGs, incluindo aqui as associações representativas do setor empresarial. Ajudei a construir a mesa redonda da palma sustentável, na língua inglesa o RSPO, que hoje reúne mais de 2000 organizações de mais de 35 países. Também o POIG-Palm Oil Innovation Group, uma congregação de empresas e ONGs internacionais para o desenvolvimento de um rígido padrão de sustentabilidade para a cultura da palma de óleo. No Brasil ajudei a criar a ABRAPALMA, associação que representa os produtores de óleo de palma e lidera um grande programa socioambiental e econômico no setor. Lá fui presidente por dois mandatos. Também fui diretor da ABAG, associação brasileira do agronegócio e em 2019 me tornei presidente dessa honrosa e importante entidade.
Em 2020 mais um grande desafio, ser co-facilitador da Coalizão Brasil, Clima, Floresta e
Agricultura, talvez o maior exercício cidadão no Brasil atual, com a desafiadora missão
republicana de construção de convergências socioeconômicas e ambientais a partir de um
grande números de partes divergentes, afinal, não é o jogo entre consensos e consentimentos que se forma o amálgama democrático de uma país?
O jogo do comércio internacional do agronegócio é bruto, não há ingênuos de plantão.
Conheci de perto em quase 20 anos comercializando nossos produtos em vários países. O
Agronegócio nacional, com certeza um dos melhores no mundo hoje sofre ataques pesados de todos os lados e na grande maioria da vezes, injustificados. Uns poucos mancham a reputação de muitos que uma parte ínfima ainda insiste em proteger. O mundo é um eterno balcão de percepções onde não se aceita mais amadores, nesse campo de jogo estamos apanhando de 7x1.
Tenho sido nesses 30 anos um “vendedor” de nosso país, com o orgulho de pertencer a esse lindo lugar com nome de árvore, verde por suas florestas e verde por sua produção de
alimentos. Somos o quarto maior produtor do mundo, mas temos tudo para alçar voos muito
mais altos nesse setor.
Sempre me apelidei de Agroambientalista, afinal é assim que podemos chamar todos os
produtores legais desse país, gente que produz e preserva ao mesmo tempo. Então, para
evitar o disse me disse, resolvi por sugestão de duas queridas jovens jornalistas, minha filha
Marcella e minha sobrinha Bruna, montar essa página. Aos poucos colocaremos aqui todos os meus artigos, entrevistas escritas e faladas nos últimos anos. Por quê? Pela coerência e pela transparência. Assim fica mais fácil para todos entenderem de maneira clara o que penso, falo e escrevo. Sou e continuarei a ser um defensor do Agronegócio legal e sustentável. Também quero contribuir no diálogo para um Brasil melhor, aquele Brasil grande e desenvolvido que meu pai me prometeu quando eu era criança, “filho, esse é o país do futuro”, após meio século, continuo na busca.
Sejam todos muito bem vindos, saúde, paz e bem!
Muito bom, Marcello. Parabéns.
Marcello, parabéns à sua iniciativa! Louvável!